Exposição fotografica de Jean Pierre Pierotte
Os determinismos geográficos e biológicos quase sempre estiveram presentes nas representações artísticas do Sertão. A força do sertanejo nesses discursos é relacionada com traços fisiológicos e com as características da terra e da vegetação da região. O Sertão representado “Em toda parte. Em lugar nenhum.” é uma construção que será trabalhada não como geografia física, mas sim com representação social, como um mito, um sentimento, uma visão de mundo. Faces, casas, cenas do cotidiano, do interior da Bahia, vão construindo uma narrativa nova, revelando e entendendo o Sertão como um lugar de enunciação. O ensaio opta por representar a região não como um lugar hegemônico e exótico, busca provocar no expectador uma reflexão não totalizante da região. Entendendo que o sertão, esse mito brasileiro, pode estar em toda parte. Ou não.
